Arte contemporânea e a minha jornada na ilustração

A minha infância foi rodeada por folhas em branco e paredes que eram mais peças de arte contemporânea do que paredes brancas, e deu-me a oportunidade desde muito nova de interagir e ver novos meios de pintura e expressão que utilizei nos meus próprios desenhos. 

Claro que no início eram apenas rabiscos ou pedaços de tinta feitos por uma criança de 7 anos, mas esta paixão fez-me continuar e querer evoluir na minha jornada como ilustradora, onde agora, com estrutura e pensamento crítico das minhas peças, combino a minha ilustração tradicional e digital para refletirem as minhas técnicas e estilos.

Neste artigo, pretendo partilhar o meu começo, a minha evolução ao longo dos anos, a transição de ilustração tradicional para digital e como o meu traço se tornou em quadros que posso admirar.

Da artista Ema Parreira, arte contemporânea em desenho tradicional, ilustração de mãos

Da ilustração tradicional ao digital

Desde de que era pequena tinha acesso a papéis, canetas, aguarelas, canetas COPIC, etc., mas quando entrei na faculdade, decidi finalmente dedicar-me e experimentar a arte digital, não só porque tinha a oportunidade de explorar mais as minhas técnicas e cores sem a preocupação de estragar a folha ou o desenho, mas também para ser uma ferramenta nas minhas aulas.

Mesmo agora, depois de conhecer ambas as técnicas tradicionais e digitais, ainda tenho um especial carinho em sentar-me na minha secretária e utilizar as minhas ferramentas para criar peças com texturas e pinturas que o digital ainda não consegue totalmente replicar. 

No meu trabalho tradicional, gosto de combinar e misturar uma variedade de técnicas e maneiras de ilustrar, como por exemplo, no meu traço utilizo hatching, sombriamente que é feito através de uma série de linhas cruzadas, para dar profundidade e dimensão à peça, pintar com cores vibrantes através das canetas COPIC ou possa ou aguarelas para “dar vida” ao desenho, e para adicionar um toque mais de arte contemporânea, finalizo as peças ou com autocolantes, quotes ou formas gráficas para criar uma peça única e minha.

Para o meu trabalho digital, o meu processo altera-se e utilizo a oportunidade que é o Control + Z, para desenhar em cima das minhas referências, normalmente são fotografias minhas a fazer figuras parvas para perceber como o corpo se move, explorar cores e sombras mais drásticas e intensas e as texturas e camadas que o programa Photoshop me dá a chance de tornar as cores ainda mais vibrantes ou harmonizar a paleta das peças. 

Esta fusão entre as duas abordagens que utilizo para criar as minhas peças de arte contemporânea, influencia-se também um ao outro, como no digital o hatching é utilizado para colocar extra dimensão ao desenho ou no tradicional, na qual consigo sombras e cores mais dramáticas porque já as explorei no digital. E agora, não consigo separar uma da outra, um resultado positivo, a meu ver.

Da artista Ema Parreira, arte contemporânea em desenho digital, ilustração de modelo

Agora, o meu objetivo é continuar a experimentar e explorar a maneira como expresso o meu traço, ver e ouvir e ler mais referências para dar mais vida ao meu desenho, capturar melhor o movimento e emoção da personagem, pois acredito que a minha jornada na ilustração é uma contínua descoberta, onde cada peça que crio com o intuito de fazer uma nova peça de arte contemporânea é um passo em direção a algo maior.

Se quiserem ver mais ou encomendar uma peça personalizada, visite a minha página de contato ou explora o meu portfólio.

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